sábado, 20 de junho de 2015

Sou vaqueiro do nordeste, minha vida é campeara porta do meu destino é a porteira do curral, meu aboio é um grito triste que alegra e faz chorar.

ORAÇÃO DO VAQUEIRO E DO CAVALO

   Deus pai todo-poderoso, luz do Universo.Vós que sois o criador da vida e de todas as coisas, concedei derramar sobre nós, teus filhos, cavalos, e vaqueiros que aqui estamos, as tuas bênçãos e a tua divina proteção.
   Dai-nos Senhor:
- A saúde e o vigor, para que possamos competir com garra em busca da vitória...
- A lealdade, para que busquemos  com determinação e coragem, mas com respeito pelos nossos adversários, vendo em cada um deles um amigo e um companheiro de jornada...
- A prudência, para que não venhamos a nos ferir no ardor da disputa...
- A paciência, para que entendamos que a vitória, símbolo do sucesso, é o resultado do trabalho árduo e deve ser conquistada degrau a degrau...
- A humildade, para façamos de cada sucesso um estímulo para caminharmos sempre em frente e cada tropeço um aprendizado de que pouco sabemos, e é preciso aprender mais...
- A gratidão, para que, no momento da vitória, saibamos que a conquista só foi possível pelo trabalho e dedicação de muitos: cavalos, treinadores, tratadores, juízes, locutores, vaqueiros, promotores, veterinários, motoristas e até o do público que vem nos assistir...
    Senhor, dai-nos também, a bondade, para tratarmos nossos animais com respeito, amor e atenção, jamais esquecendo de agradecer a eles pelo trabalho realizado...
- A generosidade, para que no futuro, quando nosso inseparável amigo de tantos galopes da vitória estiver velho e cansado, não mais podendo nos auxiliar nas conquistas, receba de nós o amor e os cuidados para que possa terminar seus dias com dignidade e, chamado por vós, galope feliz sentindo em seu dorso o nosso carinho e nossa saudade, pelos verdes campos de tua divina morada... 
   Pai, dai-nos finalmente:
- O patriotismo para que se um dia lograrmos merecer representar o nosso pais pelas pistas de vaquejadas do mundo, saibamos, como tantos outros, honrar o seu nome, sua gente e suas tradições.
A virtude, para que jamais nos afastemos dos nobres ideais da vaquejada e para que antes de campeões, possamos ser cidadãos de bem...
    E a fé, para crermos que tudo vem de vós, senhor do universo e nosso Pai eterno.
                                                          Que assim seja!

AMÉM 

sexta-feira, 5 de junho de 2015

quarta-feira, 15 de abril de 2015

2ª Bolão de Vaquejada do parque Francisco Alves 

NOS DIAS 2 E 3 DE MAIO, NO SITIO RIACHO DO PEIXE CARNAÍBA -PE 



sábado, 7 de março de 2015

Vaquejada

Alcymar Monteiro

Chegando mês de novembro
Dando a primeira chuvada
Reúne-se a vaqueirama
Em frente à casa caiada
Vão olhar no campo o pasto
Se a rama já está fechada eheheh
O vaqueiro da fazenda
É quem se monta primeiro
No seu cavalo castanho
Bonito e muito ligeiro
E vai ao campo pensando
Na filha do fazendeiro eheheh
Corre dentro da caatinga
Rolando em cima da sela
Se desviando de espinhos
Unha de gato e favela
Aboia em verso falando
Da beleza da donzela eheheh
Diz ele no seu aboio
Ô vaca mansa bonita
Tem no lugar do chucalho
Um lindo laço de fita
Seu nome é Rosa do Prado
Um mimo de Carmelita
Quando se juntam os vaqueiros
Em frente à casa caiada
Um cabra de voz bonita
Sai cantando uma toada
Que a filha do fazendeiro fica logo apaixonada eheheh
Carmelita quando ver o seu amor verdadeiro
Todo vestido de couro começa com o desespero
Mamãe deixa eu ir embora na garupa do vaqueiro eheheh
O vaqueiro adoecendo joga seus couros na cama
Pelo campo o gado urra como quem por ele chama
Na porteira do currau berra toda bezerrama eheheh
Diz ele quando eu morrer coloquem no meu caixão
Meu uniforme de couro perneira chapéu gibão
Pra eu brincar com São Pedro nas festas de apartação eheheh
Não esqueçam de botar as esporas e o chapéu
O retrato do cavalo que eu sempre chamei Checheu
Para eu brincar com São Pedro nas vaquejadas do ceú eheheh
Diz ele quando eu morrer não quero choro nem nada
Quero meu chapeu de coro e uma camisa encarnada
Com as letras bem bonitas foi o rei da vaquejada eheheh
Termino me despedindo das serras dos tabuleiros
dos grutilhões da chapada de todos os bons vaqueiros
dos currais e das bebidas de todos os fazendeiros eheheh

domingo, 28 de dezembro de 2014


História da vaquejada 


Na época dos coronéis, quando não havia cercas no sertão nordestino, os animais eram marcados e soltos na mata. Depois de alguns meses, os coronéis reuniam os peões (vaqueiros) para juntar o gado marcado. Eram as pegas de gado, que originalmente aconteciam no Rio Grande do Norte. Montados em seus cavalos, vestidos com gibões de couro, estes bravos vaqueiros se embrenhavam na mata cerrada em busca dos bois, fazendo malabarismos para escaparem dos arranhões de espinhos e pontas de galhos secos. Alguns animais se reproduziam no mato. Os filhotes eram selvagens por nunca terem mantido contato com seres humanos, e eram esses animais os mais difíceis de serem capturados. Mesmo assim, os bravos vaqueiros os perseguiam, laçavam e traziam os bois aos pés do coronel. Nessa luta, alguns desses homens se destacavam por sua valentia e habilidade, e foi daí que surgiu a ideia da realização de disputas.
A primeira vaquejada ocorrida no mundo, foi na cidade de Morada Nova no Ceará. O historiador Câmara Cascudo dizia que por volta de 1810 ainda não existia a vaquejada, mas já se tinha conhecimento de uma atividade parecida. Era a derrubada de vara de ferrão, praticada em Portugal e na Espanha, onde o peão utilizava uma vara para pegar o boi. Mas derrubar o boi pelo rabo, a vaquejada tradicional, é puramente nordestina. Na região Seridó do Rio Grande do Norte, mais precisamente no município de CURRAIS NOVOS onde tudo começou, era impossível o uso da vara, pois o campo era muito acidentado e a mata muito fechada, e por essa razão tudo indica que foi o vaqueiro seridoense o primeiro a derrubar boi pelo rabo.
 


O que é vaquejada ?

Vaquejada é uma atividade recreativa-competitiva com características de esporte do Nordeste brasileiro, no qual dois vaqueiros a cavalo têm de perseguir o animal (boi) até emparelhá-lo entre os cavalos e conduzi-lo ao objetivo (duas últimas faixas de cal do parque de vaquejada), onde o animal deve ser derrubado.